30.4.07

Favos da felicidade

Minha mãe vai se mudar para uma cidade 220V. Portanto, estou herdando alguns UDs 110V - entre eles, uma máquina de waffle. Foi a sensação lá em casa. Fizemos, refizemos, trefizemos - e o resultado é sempre um espetáculo: crianças de 4 a 31 anos muito contentes!

A receita é da Rita Lobo, do Panelinha. Rende bastante. Guardei metade de um dia para outro na geladeira e deu certo:
- 2 xícaras (chá) de farinha de trigo
- 1 colher (sopa) de fermento em pó
- ¼ colher (chá) de bicarbonato de sódio
- ¼ colher (chá) de sal
- ¼ xícara (chá) de açúcar
- ½ xícara (chá) de creme de leite fresco
- 1 ¾ xícara (chá) de leite
- 2 ovos
- ¼ xícara (chá) de manteiga, sem sal
- Óleo ou spray vegetal, o quanto baste para untar

Esquente a máquina de waffle. Coloque a manteiga num recipiente e leve ao microondas, por alguns segundos, para derreter. Se preferir, derreta em banho-maria. Num recipiente grande, acrescente a farinha, o fermento, o bicarbonato, o sal e o açúcar. Faça um buraco no centro e acrescente o creme de leite, o leite, os ovos e a manteiga derretida. Misture bem a massa com um batedor de arames até que fique homogênea. Não bata a massa no liquidificador. Unte a máquina de waffle com spray vegetal. Se não encontrar gordura vegetal em spray, unte a máquina com óleo. Acrescente a massa na máquina e deixe assar até que fique dourada. Coloque a massa assada num prato e sirva com geléia, mel, chantilly, sorvete ou calda de bordo (maple syrup).

29.4.07

Janta rápida

Nunca havia feito purê de aipim. Né que deu certo?
- Depois de bem cozido, amassei o aipim, uns 300g, com um garfo. Se você tiver um espremedor de batatas, ainda melhor
- Derreti numa panela margarina culinária, pouco mais de uma colher de sopa, e ali a misturei com o aipim em fogo baixo
- Acrescentei leite aos poucos. Foi no olho, mas acho que foi meio copo. Poderia ser mais. É que aproveitei um restinho de creme de leite que estava na geladeira
- Coloquei um pouco de noz moscada ralada, um tico de pimenta branca e acertei o sal

Ao lado, com um frango temperado com cardamomo, sal, alho e sálvia, passado rapidamente na frigideira com um tico de óleo.

Estréia desastrosa


- Sabe, fiquei pensando numa coisa e você conseguiu sanar minha dúvida.

(Ele pega o manual de instruções da batedeira. Num quadro dedicado ao chantilly, me mostra a seguinte frase: "Cuidado pois sua batedeira é muito rápida, então seu chantilly pode passar do ponto.")

- Não imaginava como chantilly podia passar do ponto.

(Gi, ainda não quebrei o cabaço.)

27.4.07

Na última hora

Diagnóstico: fome
Dado de realidade: economia de calorias urgente
Ferramentas: verduras, massa que sobrou dos enroladinhos de salsicha do dia anterior e outros restos
Procedimento: massa retirada da geladeira, foi aberta com a ajuda de um rolo em superfície enfarinhada. Exercitei a criatividade e fiz cortes randômicos. Como recheio, mussarela, peito de peru, tomate e orégano, sal e pimenta nas últimas, quando lembrei. Fechadinhas, foram para o forno pré-aquecido numa assadeira untada com óleo. Trinta minutos e uma tentativa de retirada prematura depois, elas foram servidas com salada salpicada de gergelim
Resultado: os travesseiros recheados ficaram bons e leves; a salada estava de doer de amarga. Sobrou um pilequinho básico, após duas taças de vinho verde num estômago quase vazio

Receita da massa, adaptada da Tatu, que adaptou da Nigella:
- 1 e ½ xícara de farinha de trigo integral
- 2 xícaras de farinha de trigo branca
- 1 e ½ colher de sopa de fermento em pó
- 125ml de óleo de canola
- 250ml de leite
- 1 xícara de mussarela ralada, ou parmesão no mesmo estado
- 1 ovo em temperatura ambiente
- sal a gosto
Misture tudo numa tigela e misture até ficar homogêneo. Retire a massa da tigela e sove (ou seja, descarregue sua raiva, soque e abra e dobre a massa diversas vezes, para incorporar ar na dita - e fortalecer o tríceps) sobre uma superfície enfarinhada. Se a massa ficar grudenta, coloque mais farinha normal e misture bem. Com a ajuda de um rolo, abra a 0,5 milímetro de espessura e corte em quadrados. Ou triângulos. Ou tiras...

Maní

Mandioca, aipim, macaxeira. O nome varia, mas o gosto é bem conhecido de todo om brasileiro. Pudera: sua origem é o Brasil, conforme diz o muy querido cientista egípcio Nagib Nassar (Unb), que dedica sua vida ao estudo da planta.

Adoro aipim (olha minha verve sulista escancarada aqui... rs). Minha mãe ensina que, para escolher, é preciso quebrar a pontinha dele e dar uma olhada na cor e na textura. Até aí, tudo bem (ainda que o movimento corrente não-aperte-não-esprema nas quitandas e sacolões atrapalhe o exame minuncioso). Só que odeio arrancar aquela casca dura, que precisa sair em tiras. Por isso costumo fugir do tubérculo.

Há alguns dias, comprei um saco com a dita já descascada, em pedaços. AÊ! Ontem foi o teste. Como eu fiz:
- Passei uma água nos pedaços, para tirar uma baba que formou;
- Joguei na panela de pressão com água suficiente para cobri-los, mais uma colher de sobremesa de sal (para 800 gramas de aipim);
- Depois que a panela começou a apitar, baixei o fogo e deixei cozinhar por mais ou menos uma meia hora. Enquanto isso, fui resolver a vida;
- Desliguei o fogo, coloquei a panela sob água corrente fria para quebrar a pressão e chequei o status. Os pedaços estavam firmes - os maiores, ainda um pouco crus;
- Tirei um pedacinho que estava bom para comer com manteiga!
- Como pretendia fazer purê, o restante voltou para o fogo para mais 15 minutos de cozimento (conta após o apito recomeçar)

É isso! Depois posto a receita do purê. Enquanto isso, deliciem-se com a fotinho, com manteiga displicentemente derretida.

A "inovação" dos pedaços descascados foi aprovada. Não é a mesma coisa que comprar in natura e fazer todo o processo. Mas salvou minhas mãos e meu tempo.

26.4.07

A 1ª colaboração

Conversa no MSN com Lu Coelho. Apesar do nome, ela mandou uma receita vegetariana.
Lu Coelho and the mutable nature of things diz:
ah, mas não é nada demais, eu refoguei a beringela no wok com bastante azeite e um pouco de cebola, temperei só com aquele coriander que nós compramos e refoguei uns cubinhos de tomate sem semente e maçã junto
Lu Coelho and the mutable nature of things diz:para dar uma quebrada no gosto, dar um acidinho
Lu Coelho and the mutable nature of things diz:

O que ela não conta aqui é que quase morreu por não ter passado gengibre na parede do wok antes de cozinhar, conforme a chef Flaves indicou.
Aliás, alguém sabe diabos por que esse processo é necessário?

Branca como o futuro

Resolvi abrir este blog após pedido da talentosa amiga Simone, que comprou seu primeiro eletrodoméstico, um liqüidificador, há apenas um mês - ainda que more sozinha há beeeem mais tempo do que isso. Ela começou a me pedir receitas e aparentemente gostou do que passei - ainda que não tenha comprado uma assadeira para colocá-las em prática.

Logo em seguida, adquiri minha primeira batedeira "de verdade". As outras que passaram pela minha mão eram fraquinhas, tadinhas, e soltavam um cheirinho de queimado sempre que eu exigia um pouco mais. Isso é passado desde hoje de manhã, quando minha queridona chegou! Branquinha, pesadona, foi bem cara - mais do que poderia pagar, na verdade, portanto é bom que dure toda a vida. Mas estou feliz, feliz, e doida para testá-la!

O pessoal que freqüenta o blog
Mixirica, da linda Tatu, mandou dicas sobre as primeiras receitas. Pretendia fazer um almoço inaugural da branquela neste findi, mas os compromissos profissionais se acavalaram.

Por enquanto, as opções são:
- Entrada: pãezinhos integrais com sementes e ervinhas (da Tatu)
- Prato principal: suflé de espinafre (da Gio); ainda não sei acompanho com bicho que nada ou bicho que voa
- Sobremesa: mousse de Nutella (da Tatu)

À tarde, bolo de cremogena (da tia Wanda) com café!

Alguém tem idéias?