31.5.07

Jantar veggie

O restaurante da empresa onde trabalho é bem médio. E eles têm uma mania terrível de achar que TODOS comem carne vermelha, então com freqüência não há opção de carne branca (de três pratos com proteína animal) que eu possa pegar. Resultado: macarrão vira o prato principal cotidiano.

Sendo assim, não queria jantar massa de novo. Nem a mesma sopa do dia anterior. Mas precisava de algo para esquentar! Achei uma caixa de arroz arbório aberta, uma abobrinha no fundo da gaveta e um pedacinho de parmesão. Resultado: sabor delicado e corpo quentinho, pela comida fumegante e a feitura do prato.

(A câmera está sem bateria, então não puder bater foto... Desculpe!)

Risoto verde-e-amarelo (para duas pessoas)
- 200 gramas de arroz arbóreo
- 1 abobrinha pequena, cortada em pedacinhos
- 1/4 de uma cebola picada
- 700 ml a 1 litro de caldo de legumes
- 1 colher de sopa de azeite
- 1 colher de sopa de manteiga
- 1/4 de xícara de vinho branco seco
- 1/2 xícara de parmesão ralado

Leve a abobrinha ao fogo numa panelinha, com água e um tico de sal, e deixe ferver por uns 3 minutinhos. A intenção é apenas dar uma pré-cozida e tirar aquela baba característica. Enquanto isso, esquente o caldo em uma leiteira.

Evite meu erro e pegue uma panela alta - esqueci que o arroz incha, escolhi uma pequena e sambei para mexer o risoto sem jogar tudo para fora. Esquente o azeite e acrescente a cebola picadinha. Reduza o fogo e mexa, para evitar que queime até ficar transparente.

Nisso a abobrinha já está pronta; escorra e reserve. O caldo, após ferver, deve ser mantido superaquecido, então reduza o fogo no mínimo, para mantê-lo em estado permanente de quase ebulição.

Cebola transparente, acrescente a abobrinha e refogue um pouco, sem deixar de mexer. Com a mão livre, acrescente o arroz e continue mexendo por mais 1 minuto. A mão livre novamente trabalha, pegando o vinho previamente reservado. Jogue na panela, aumente o fogo e mexa vigorosamente, para o arroz não pegar no fundo, até o vinho evaporar. Olha, vigoroso é diferente de violento: a intenção é trabalhar o amido, não destruir os grãos, ok?

E assim começa a parte boa para quem está com frio: coloque caldo aos poucos, apenas o suficiente para cobrir o arroz. Não pare de mexer. À medida que o caldo evapora, acrescente o mesmo tanto. Não, não pode parar.

O ponto do risoto tem um quê de contraditório: ele deve estar cremosinho, porém al dente - isso acontece lá entre o 10° e o 15° minuto, dizem os especialistas, mas na minha panela velha precisei de um pouco mais de tempo. Para saber, corte um grãozinho com o dente. Se ainda estiver duro, coloque mais caldo e cozinhe mais.

Quando estiver pronto, desligue o fogo, acrescente o parmesão e mexa. Coloque a colher de manteiga sobre o risoto e tampe bem a panela por um minuto, só o tempo suficiente para você avisar que o jantar será servido imediatamente. Mexa novamente, para incorporar a manteiga e sirva. Coloque uma pimentinha por cima, se gostar. Ah, e lembre-se que risoto não espera!

30.5.07

Variações sobre o mesmo tema

Testei recentemente uma receita de torta salgada de liquidificador que a Tatu tempos atrás mixiricou, dica da mãe de uma amiga dela. A sacada é que a massa é básica e democrática, então suporta tudo o que você jogar lá dentro, inclusive sobras de jantares passados - mais ou menos como nosso Congresso.

Ficou boazinha (veja foto ao lado), mas não curti muito a textura, por causa do leite. Ainda prefiro uma versão que tenho, passada por minha mãe. Ela é feita sem leite, mezzo no liquidificador, mezzo na mão. A cara fica quase a mesma, mas é mais sequinha.

Aviso de antemão: pessoas com colesterol alto, cuidado.

Torta de "temperos"
- 1 xícara de óleo
- 4 ovos
- 2 xícaras de farinha de trigo
- 1 colher de sopa de fermento
- 2 colheres de sopa de parmesão ralado
- 3 tomates
- 1 cebola média
- Milho, ervilha, pimentão a gosto
- Sal e pimenta-do-reino a gosto

Primeiro, separe o recheio: pique bem a cebola, corte em quadradinhos os tomates (sem sementes, com casca) e o pimentão (sem sementes). Bata, no liquidificador, o óleo, os ovos e 1 colher de parmesão até uniformizar.

Num recipiente, coloque os secos passados por uma peneira e acrescente a mistura batida. Junte tudo muito bem com uma colher de pau. Neste ponto, a massa está meio seca. Não se desespere. Jogue os tomates e a cebola picada: seus caldinhos naturais vão molhar a farofa - por isso, são os únicos "temperos" que não podem faltar.

Ligue o forno em temperatura média. Acrescente os demais ingredientes, misturando sempre, e acerte o sal e a pimenta. Coloque em uma assadeira retangular untada e farinhada e jogue o restante do parmesão por cima. Asse por uns 30 minutinhos, até ficar douradinha e bem cheirosa, e coma quente ou fria.

29.5.07

Some like it hot

Ontem, 15 graus na cidade, fomos eu e Paranthropus tomar uma bela caneca de chocolate quente na casa da Gi. Esperta que só, ela aproveitou o fim de semana em Campos do Jordão para comprar um pó especial para a mistura na chocolateria Araucária.

Compramos pãezinhos para acompanhar, mas realmente não houve muito espaço para eles. Encorpado é a palavra que descreve minimamente a bebida, que ainda recebeu leite condensado. No fim, já menos quente, arrematamos de colher, de tão cremoso que estava. Bom demais!

Esse preparado tem espessante, então explica a consistência. O feito em casa pode não ser tão grosso, mas é igualmente delicioso.
Cada um tem sua própria receita. Aqui está a minha:

Chocolate quente
- 2 1/2 copos de leite
- 1 barra de chocolate meio-amargo, picado, ou 1 xícara de chocolate em pó sem açúcar
- 1 colher de sopa de creme de leite fresco
- 1 colher de sopa de leite condensado
- Açúcar a gosto, se quiser
- Canela em pó
- 1/2 colher de café de... café em pó, ou 1 colher de café de... café solúvel
- 5 cravos
Coloque o chocolate no leite e leve ao fogo, mexendo sempre até dissolver com a ajuda do calor. Acrescente o leite condensado, a canela, o café e os cravos e continue mexendo. Pouco antes de servir, coloque o creme de leite, tire os cravos e prove o açúcar. Sirva, claro, pelando.

PS: tem gente que gosta de colocar um pouco de maisena para dar uma engrossada. Só tome cuidado para não virar mingau!

28.5.07

Fogão Brasil

Mora em São Paulo ou nas redondezas? Tente ir ao Mercadão Floresta, evento organizado pela ONG Amigos da Terra, que acontece até domingo no Mercado Municipal. Ainda não fui mas, se seguir a linha da primeira edição (fechada para atacado), é negócio fino.

Segundo a organização, haverá diariamente "um café da manhã especial, além de degustações de café certificado, sorvetes de frutos nativos, ostras e muitas outras novidades". De quebra, há oficinas diárias com receitas especiais, feitas só com produtos nacionais.

A idéia do evento é oferecer produtos de todos os biomas brasileiros para o consumidor. Se a procura for grande, o mercadão pode ganhar um espaço permanente dessas delícias (SSIMMMM!!!). Você ainda ajuda a valorizar os tais "produtos florestais" - aqueles que podem mostrar para os "homens de negócios" que árvore em pé pode valer mais do que árvore no chão.

Corrida contra o tempo

Não sou superfã de congelados e comidas prontas, mas tampouco renego tudo o que a vida moderna traz de bom. Algumas coisas são uma mão na roda, especialmente para quem trabalha fora, mora numa cidade complicada, como São Paulo, cuida de casa e dos entes queridos (família, amigos, bichos e plantas), adora ler e ainda quer ficar bonita no fim do dia.

Um desses facilitadores, na minha opinião, é a massa folhada congelada. OK, não é nem de longe tão leve e saborosa quanto a feita em casa - concordo com o dito em gênero, número e grau. Mas ela já salvou minha pele em almoços e jantares como prato principal, complementar e sobremesa. Isso porque agüenta um bom tempo no freezer, descongela rapidamente e é versátil no emprego de doces e salgados.

Corte algumas maçãs, acrescente suco de meio limão, açúcar mascavo, canela, passas e nozes (e um tico de farinha de rosca, se a mistura estiver muito líquida), coloque numa massa aberta, enrole e coloque no forno, com gema passada em cima e no meio para grudar as partes abertas: você tem um apfelstrudel, para comer quente ou frio, sozinho ou com nata batida, sorvete, chantilly, em menos de uma hora.

Troque o recheio e você tem um strudel salgado: eu adoro misturar espinafre ou escarola com ricota ou quínua pré-fervida, temperar com sal, pimenta branca e noz moscada e servir com um peixe, no inverno, ou com salada, no verão.

Ela também pode ser enrolada como um rocambole, doce ou salgado. Para acompanhar chá ou café, basta cortar em diferentes formatos com açúcar e canela (palmiers são feitos assim) ou gergelim e queijo parmesão. Para aperitivos, faça quadradinhos ou triângulos, asse e coloque em cima o que quiser, de pastas a fatias de salmão defumado e pimenta rosa.

Pode ser base para um monte de outras invencionices da sua cabeça. E, quando as pessoas elogiarem, você poderá agradecer embevecida, descansada e belíssima.

PS: O título e a temática deste post me lembraram um livrinho ótimo, indicação do Paranthropus, que soube pelo Rafa: "Einstein's Dreams", de Alan Lightman, professor do MIT. São 30 estorietas, cada uma com sonhos ficcionais de um jovem Einstein durante a gestação de suas teorias relativísticas.

Segue um trechinho:
"A man or a woman suddenly thrust into this world would have to dodge houses and buildings. For all is in motion. Houses and apartments, mounted on wheels, go careening through Bahnhofplatz and race through the narrows of Marktgasse, their occupants shouting from second-floor windows. The Post Bureau doesn't remain on Postgasse, but flies through the city on rails, like a train. Nor does the Bundeshaus sit quietly on Bundesgasse. Everywhere the air whines and roars with the sound of motors and locomotion. When a person comes out of his front door at sunrise, he hits the ground running, catches up with his office building, hurries up and down flights of stairs, works at a desk propelled in circles, gallops home at the end of the day. No one sits under a tree with a book, no one gazes at the ripples on a pond, no one lies in thick grass in the country. No one is still.
Why such a fixation on speed? Because in this world time passes more slowly for people in motion. Thus everyone travels at high velocity, to gain time."

"Um homem ou uma mulher subitamente colocados neste mundo teriam de se desviar de casas e prédios. Pois tudo está em movimento. Casas e apartamentos, montados sobre rodas, transitam adernando pela Banhofplatz, disparam pela estreita Marktgasse, seus ocupantes aos berros nas janelas do segundo andar. A agência postal não fica na Postgasse, mas voa pela cidade sobre trilhos, como um trem. Tampouco a Bundeshaus permanece tranqüila na Bundesgasse. Em todo lugar, o som dos motores e da locomoção fazem o ar gemer e rugir. Quando uma pessoa sai de sua casa logo cedo, ela pisa na calçada correndo, alcança o prédio onde está seu escritório, sobe e desce correndo lances de escada, trabalha em uma mesa que gira em círculos, galopa de volta para casa no fim do dia. Ninguém se senta sob uma árvore com um livro, ninguém fica olhando para as ondulações em um lago, ninguém se deita na grama no campo. Ninguém está parado.
Por que essa fixação com a velocidade? Porque neste mundo o tempo passa mais lentamente para as pessoas em movimento. Assim, todos se movem em alta velocidade, para ganhar tempo."

No Brasil, a Cia. das Letras publicou. Procure e sonhe você também...

27.5.07

Vintage

Essa belezinha eu encontrei na futura casinha da minha mãe. É de dona Hutta, a atual proprietária do apartamento.

A tinta está descascada e gasta, de tanto se limpar. Nem sei se funciona. Mas não acharia nada ruim se ela esquecesse essa batedeira por lá...

26.5.07

Para o ano nascer feliz

Limpando meu computador, achei a foto ao lado. Foi o prato principal do jantar de réveillon. Peixe foi a escolha, pois três dos quatro convidados não comem carne vermelha e bichos com pena, que ciscam para trás, nos fariam regredir em 2007 tudo o que avançamos em 2006! hehehe...

(Olha, garanto que o gosto é melhor do que a imagem. :-S)

Salmão com ervas
- 2 filés de salmão de 1 kg a 1,2 kg cada, ou um salmão inteiro e limpo por dentro
- 120 gramas de manteiga derretida
- 25 gramas de ervas frescas picadas, como manjericão, hortelã, salsinha, coentro, cebolinha, alecrim...
- Suco de 1 limão
- Raspas de 2 limões
- 3 dentes de alho picados
- Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto
- 4 colheres de sopa de azeite + um pouco para pincelar

Tire a cabeça e o rabo do salmão e com cuidado limpe todas as espinhas. Tempere com sal e o suco do limão. Numa tigela, misture todos demais ingredientes. Ligue o forno.

Abra o peixe e disponha a mistura, ou coloque sobre um dos filés. Feche (ou coloque o outro filé por cima) e amarre bem o bicho, de cabo a rabo, deixando um espaço de 3 a 4 centímetros entre cada passada de barbante, para que o recheio não escape quando esquentar.

Pincele o azeite e salpique sal e pimenta por cima. Leve ao forno para assar por dez minutos, vire o bicho e asse por mais dez. Se ele for muito grosso, pode demorar mais um pouquinho. Tire o bicho do forno, deixe ele descansar uns três minutinhos, corte o barbante e sirva com seu legume de preferência e lentilhas, para ter tudo de bom no ano que começa.

25.5.07

Alimento d'alma

"El rito del sosiego es el siguiente. Dos sillas y una mesa, un paté de hígado de ave, tostadas de pan fresco y trigo íntegro, una botella helada de vino de sauternes y frente a ti la cara del amigo, de la amiga, el rostro que conoces, uno de esos que con solo verlos nos devuelven la calma."

O texto acima foi pinçado de um blog delicado, doce e recheado de belezas. Uma vez comida, seria um petit gâteau.

Cozinhando com o velho Bona

Conhece Ricardo Bonalume Neto? Grande figura. Cético, anárquico, atravessa os dias entre bazucas, livros, bichos e vinhos. Quando vai para a cozinha, assume vertente mais suave, como você pode conferir abaixo, pela prática receita de muffins.

Da próxima vez que ler seus textos ácidos na Folha de S.Paulo ou suas análises sobre belicismos, lembre-se que até os brutos podem ser fofs: "Segue aqui uma excelente receita de muffin para microondas para as meninas. Eu fiz agora, ficou muito bom. Rende bastante e é simples e rápido de fazer. Claro, o recheio pode ser variado."

Micromuffins
- 1 1/2 xícaras de chá de farinha de trigo
- 1/2 xícara de chá de açúcar
- 1/2 xícara de chá de leite
- 100 gramas de manteiga derretida
- 1 colher de sobremesa de fermento em pó
- 1 colher de chá de essência de baunilha
- 1 ovo
- 1/4 colher de café de sal
- 1/2 xícara de chá de geléia de goiaba ou outra de sua preferência

Numa tigela grande, misture a farinha, o fermento e o sal. Em outra tigela, misture a manteiga com o ovo, a essência de baunilha, o açúcar e o leite até ficar homogêneo. Junte a mistura de leite à farinha e mexa rapidamente até combinar todos os ingredientes.

Distribua em 8 formas de empada grandes (de papel ou outro material que possa ir ao microondas). Distribua as formas nas bordas do prato giratório do microondas e programe 4 a 5 minutos na potência alta. Retire do microondas e aguarde amornar.

Ponha a geléia em um saco de confeitar e decore ou injete a geléia nos bolinhos. Se desejar, polvilhe confeitos coloridos sobre a geléia.

24.5.07

Boletim médico

Melhor amiga com trombose saiu do hospital e continua o tratamento em casa. Além da dieta pobre em gorduras ruins (ou seja, nada de torta alemã), está proibida de comer muitas folhas verdes. Segundo o vascular, porque elas afinam o sangue.

Alguém sabia dessa?

Bom, obviamente não afinam o suficiente. Ela se entopia de salada no almoço e não adiantou muito, tadinha.

Dos males, o menor?

Esta é Marieta, vesga e carnívora, devoradora do frango alheio e devota do peito de peru. É carente, esganada e bulímica - como boa siamesa, sofre com um estômago delicado, então gasto os tubos com uma ração especial.

Fiquei preocupada nesta semana, quando li que milhares de gatos e cães americanos morreram envenenados por ração contaminada por melamina, composto orgânico usado em fertilizantes e plásticos, e ácido cianúrico, que limpa piscinas. As substâncias foram misturadas ilegalmente por produtores chineses de glúten e proteína de arroz, que os fabricantes americanos de ração usam para aumentar o valor protéico dos produtos.

No Brasil, a Anvisa pediu explicações a algumas empresas americanas com sede aqui. Elas dizem que não há risco para os animais brasileiros. Por via das dúvidas, estou pensando em liberar o acesso à geladeira para a Marieta e sua irmã, Kika.

23.5.07

Veja você, até o papa (a)prova

Pães prontos, olhei para o relógio e vi que o tempo urgia: era hora de pensar no jantar. Queria preparar uma comidinha gostosa - porém, nada que levasse seis horas e me mantivesse presa na cozinha.

Não pude contar muito com o frango. A gata Marieta, carnívora, havia atacado o dito assim que descongelara, e só consegui salvar uma parte. Na geladeira, as mandioquinhas piscavam para mim. Lembrei que o Bento XVI tinha acabado de provar nhoque feito delas em sua passagem por São Paulo. Se ele pode, por que não a gente?

Nhoque de mandioquinha
- 1 quilo de mandioquinha
- 1 ovo
- 150 gramas de farinha de trigo
- Sal e noz moscada ralada
- Parmesão a gosto
Descasque as mandioquinhas, corte em rodelas e coloque em água fervente, com sal, até que estejam bem macias. Escorra bem, esprema e deixe esfriar, pero no mucho. Junte o ovo, a farinha, o queijo, o sal e a noz moscada e amasse bem, até a massa desgrudar das mãos. Se necessário, coloque mais farinha (atualização tardia: usar maisena para dar o ponto é uma opção, pois deixa a massa mais sequinha).

Faça rolinhos e corte os nhoques, com cerca de 3 cm. Coloque em uma assadeira farinhada e deixe no sol por uma meia hora (na falta de sol, deixe descansar um pouco sobre o forno quente). Enquanto isso, ferva água em uma panela grande, com sal, um fio de azeite e uma folha de louro.

Coloque os nhoques para cozinhar, um tanto de cada vez. Eles submergem imediatamente, mas alguns minutos depois vêm à tona, pedindo ajuda. Resgate os bichinhos com uma escumadeira e coloque-os numa travessa. Depois que todos estiverem cozidos, jogue o molho de sua preferência em cima, cubra com mais parmesão e sirva imediatamente.

22.5.07

Descarregando a tensão

Tem gente que sai para tomar um chope, tem gente que malha compulsivamente. Tem gente que deprime na frente da novela e tem gente que se afunda sob os cobertores. Cada um sabe o que funciona para mente e corpo descarregarem a tensão. Pra mim, é farinha e forno.

Como escrevi no meu perfil, uso a casa como terapia. Em especial, a cozinha. É onde posso esvaziar a mente - tão exigida cotidianamente, tadinha - e colocar tudo o resto de lado em prol de uma atividade majoritariamente física. Como se a lavagem cerebral não fosse suficiente, ainda produzo coisinhas gostosas (na maioria das vezes) que alegram quem está ao meu redor. Melhor resultado, impossível.

Assim foi na semana passada. De folga, em casa, não podia nem ir ao cinema ou fazer as patinhas pois estava sem dinheiro. Recebo uma ligação: melhor amiga será internada devido a uma trombose e, como "muito ajuda quem não atrapalha", evito sair correndo para o hospital para não tumultuar ainda mais o barraco. A solução natural foi levantar do sofá e fazer pão.

Pão-divã (simbiose de Tatu + Jamie)
- 400 gramas de farinha de trigo
- 200 gramas de farinha de trigo integral
- 10 gramas de fermento fresco
- 1 colher de sopa cheia de mel
- 1/2 colher de sopa de sal
- 40 gramas de azeite
- 270 ml de água

Amorne 100 ml da água, dissolva nela o fermento e o mel e deixe descansar. Neste momento, se você prestar bastante atenção, vai escutar os "hurras!" dos fungos, que têm comida e quentinho para se alimentarem bem.

Enquanto a levedura se acaba por uns 10 minutos, misture as farinhas e separe os demais ingredientes. Eu testei o gancho de pão da batedeira, então joguei tudo lá e liguei a bichinha. Mas você pode fazer na mão, o que é altamente recomendado como terapia de choque: coloque a farinha em uma superfície lisa e seca, abra um buraco no meio, acrescente os ingredientes molhados e misture, com movimentos de fora para dentro. Neste ponto, coloque o sal. Continue misturando, abrindo e fechando a massa por uns 10 minutos, até ela estar bonitinha como na foto ao lado.

Faça uma bola, passe a mão com farinha pelo exterior e coloque em uma tigela untada. Faça alguns talhos com uma faca afiada, cubra com papel-filme ou uma toalha úmida e deixe descansar em local quente, úmido e sem correntes de ar (lembre-se do bem-estar das leveduras) por 1h30, ou até ela dobrar de tamanho. Vá tomar um banho de espuma.

Massa crescida, acorde as leveduras: tire a bola da tigela e, naquela superfície lisa, seca e agora esfarinhada, amasse a massa por uns cinco minutos, para tirar todo o ar de dentro. Faça bolinhas, disponha em um tabuleiro (untado, se precisar) e passe gema com água, usando um pincel para tanto - a Tatu passa água e polvilha sementinhas. Deixe descansar de novo, por mais uns 45 minutos, até as bolinhas virarem bolotas. Enquanto isso, tire a manteiga da geladeira, coloque a mesa e ligue o forno.

Coloque o tabuleiro no forno preaquecido por uns 30 minutos, até ficar dourado e o cheiro tomar todo o prédio. Para saber se está pronto, pegue o pão com cuidado para não queimar as mãos, e bata com os nós dos dedos na parte de baixo: se fizer "toc-toc" meio oco, como o vizinho que bate na porta atrás do cheiro, chega de forno. Coloque em uma grade para esfriar um pouco enquanto você faz o chá. Deixe a culpa de lado e coma com bastante geléia ou manteiga derretendo - lembre-se que até Freud devia adorar tais pequenos prazeres.

21.5.07

Cardápio noturno básico

Na melhor das hipóteses, chego às 21h em casa. Ainda que meu ritmo seja diferente, e eu durma e acorde tarde, haja pique para cozinhar quando boa parte do mundo começa a se deitar.

Por isso ataco de massa, volta e meia: penne, farfalle e afins nunca faltam, todos grão duro para não me preocupar com o hipercozimento. Muitas vezes minha escolha é molho de tomate com manjericão, minha especialidade pouco calórica. Mas, como variar é bom para a cuca e o paladar, tenho uma ou outra receita na manga.
Uma delas aprendi com a amiga Gi e adapto de acordo com os ingredientes disponíveis na geladeira. Na semana passada ficou assim:

Espaguete com molho de gorgonzola
- 200 a 300 gramas de gorgonzola
- 3/4 xícara de creme de leite fresco (pode trocar por requeijão e leite normal)
- 1/5 xícara de vinho branco seco (pode deixar de lado, se não tiver)
- 1 dente de alho
- 3 fatias finas de cebola, cortadas beeeem (acho até que fica melhor sem)
- 1/2 colher de sopa de manteiga
- Pimenta branca e noz moscada ralada a gosto; se resolver salgar, tome cuidado

Coloque a água para ferver com um fio de azeite, uma colher de sobremesa de sal e uma folha de louro enquanto separa os ingredientes do molho - se demorar para ferver, aproveite para já ralar o parmesão que vai por cima de tudo, no final, e colocar a mesa. Água fervida, coloque a massa e conte o tempo (que varia de acordo com o tipo de massa; procure a indicação na embalagem, pazzo).

Derreta a manteiga, acrescente o alho e/ou a cebola e deixe pegar cor, sem queimar. Coloque a gorgonzola em pedaços com o vinho branco e derreta. Acrescente o creme de leite e os temperos, mexa e deixe engrossar um pouco. Enquanto isso, prove a massa, que precisa estar cozida al dente. Escorra, sirva e coloque o molho por cima. Polvilhe com o parmesão e coma ainda quente!

Na terra dos alemões

Imagine a perfeição. Ela se chama torta de damasco e coco, da Doceria São José, em Joinville, na Santa e Bela Catarina: não tem massa; apenas o coco ralado e dourado, intercalado com suspiro, nata batida e geléia de damasco. O doce e o azedinho na proporção certa.

Minha mãe vai morar a duas quadras dali. Acho que minhas calças ficarão órfãs.

15.5.07

Cozinha vazia

Em virtude da clonagem do meu cartão de banco, e de um débito exorbitante e pra lá de indevido da minha conta, a simplicista não cozinha até ter meios novamente para comprar ingredientes.

Tenho dito.

14.5.07

A cereja do bolo

Ontem, em pleno almoço de Dia das Mães, meu irmão mostrou-se chocado quando lhe contamos que a maioria das "cerejas ao maraschino" que vemos por aí, nas padarias deste Brasil, é falsa. "Como assim você nunca reparou que, quando tira o palito com a cereja do sanduíche de metro, fica uma marca rosada na casca por causa do corante?", perguntei, abismada.

Hoje, chego no trabalho e recebo um bolinho (duro) de chocolate com uma cereja artificial em cima. Coisas de campanha interna de empresa grande.
As cerejas artificiais já foram temas de diversas rodas de discussão que participei. Só que, até hoje, não sei realmente do que são feitas. Os pitacos são muitos: mamão, jujuba, gelatina, chuchu (minha versão favorita, afinal seria um fim digno para um legume tão coitado). Mas ninguém consegue me responder o seguinte: seja qual for a matéria-prima, como os fazedores de cerejas artificiais conseguem impedir que seu produto derreta? Até a mais vagabunda (e, confie em mim, já comi muita pseudocereja por aí, até daquelas que nem redondas são) tem um tipo de película em torno, como se fosse uma casquinha mesmo.

Colaborações são bem-vindas.

11.5.07

Ardido como pimenta

Pedi para meu hominídeo Paranthropus, amante de coisas picantes, que vibra toda vez que abre o armário de condimentos lá em casa, escrever um post sobre pimentas. Bastante esclarecedor, diria.

"Most like it hot

Além de ser o condimento mais antigo do mundo, a pimenta (Capiscum sp) é também uma das primeiras estrelas da invenção da agricultura. Originário de algum lugar da Bolívia, esse gênero de solenáceas já era amplamente cultivado no Novo Mundo há 6.000 anos. Nos Andes, era traficado em lombo de lhama da floresta ao litoral, em caravanas que cruzavam o Atacama. Na costa atlântica, suas propriedades irritantes não apenas agradavam ao paladar nos tempos de paz, como também se faziam úteis nos de guerra: os tupinambás, no século 16 e antes, queimavam pimentas para desentocar inimigos de suas aldeias. Daí surgiu a expressão 'pimenta na taba dos outros é refresco', que depois foi incorporada e modificada pelos portugueses.

Esse casamento antigo e feliz trouxe para junto de nós, índios, uma variedade estonteante de espécies do gênero (que, por sua vez, variam imensamente entre si). Há o Capiscum annum, que é o picante chili vermelho do tabasco e também, pasme, o doce pimentão e a páprica européia (que de européia mesmo só tem o nome). Há o C. longum, a deliciosa e potencialmente fatal caiena. A C. frutescens, a nossa malagueta. E outras 40 espécies que nós domesticamos, modificamos e amamos.

Os europeus que aportaram por aqui no século 16 curtiram o ardor (não sei se eles sabiam que a pimenta também é cheia de vitamina C e, portanto, uma boa arma contra o escorbuto) e levaram o Capiscum para além-mar. Hoje, países como a Hungria e a Tailândia são conhecidos por suas variedades de chili, mas não se engane: a pimenta é americaníssima, assim como o milho, o tomate e a batata inglesa.

Foi no México (sempre eles!) que a co-evolução índio-pimenta explodiu da forma mais colorida e saborosa. Há chilis de todos os tamanhos, cores e graus de ardor, e receitas infindáveis à base deles, cujo ápice, na minha modesta opinião, são os moles verde, negro e rojo (cada um leva umas sete espécies diferentes na sua receita; na foto acima, o mole rojo).

Não sei qual é a prevalência do câncer de intestino entre os mexicanos, mas suponho que seja um tema interessante de investigação. Talvez eles tenham um SNP (polimorfismo de nucleotídeo único) que os torne resistentes ao tumor, ou outro que proteja os homozigotos de hemorróidas. Mas reverencio eternamente a resistência dos mexicanos (e, como descobri, dos tailandeses) a uma dieta para lá de ardida.

Você deve estar se perguntando onde entra a pimenta-do-reino (Piper nigrum). Ela faz parte de um grupo inteiramente diferente de plantas, o das piperáceas. Sua provável zona de origem é o Sudeste Asiático, e ela se dispersou pelo mundo (mais uma vez pelas mãos dos europeus) a partir da costa de Malabar, na Índia. Seus princípios ativos são vários, entre eles a piperidina, a chavicina e a piperina, enquanto o da pimenta proper é sobretudo a capsaicina, um grande e potente ácido orgânico.

Puxa, agora deu vontade de bater um chili con carne. Deve ser o horário."

10.5.07

Um caso de amor

Tenho muita sorte de (na)morar com um moço lindo e talentoso. Como se não fosse suficiente, ainda pilota muito bem as panelas, compensa minha inaptidão com carnes e afins e divide comigo a responsabilidade pelo cardápio. Mas algumas receitas dele são especiais, entre elas as panquecas americanas.

Adoro acordar com o cheirinho saindo da cozinha e vê-lo fazer uma a uma com esmero, tentando formar rodelas perfeitas e iguais. Depois, deixar a manteiga derreter numa recém-saída do fogo e jogar maple syrup por cima, que rebate o café forte e amargo. Sem contar a versão "almoço pra quê?": Nutella sem economia sobre toda a panqueca, coberta por rodelas de banana madura.

Namorido acha que, após a chegada do aparelho de waffle, as panquecas perderam o posto no café da manhã. Pois está redondamente enganado.

Panquecas americanas
- 1 xícara de farinha de trigo
- 1 ovo
- 1 1/2 colher de sopa generosa de açúcar
- 1 1/2 colher de chá de fermento em pó
- 0,3 colher de chá de bicarbonato
- 2 colheres de sopa de manteiga derretida (com sal)
- 0,7 xícara de leite
- 0,3 xícara de creme de leite fresco
- Baunilha é opcionalíssima

Misture tudo na mão, com um fouet ou uma colher de pau, até ficar homogêneo. Aqueça uma frigideira antiaderente. Coloque uma concha de massa por vez - quando formar bolhas/buraquinhos, vire e deixe dourar do outro lado. Esse processo é rápido, então tome cuidado ou a panqueca queima! Sirva quente with your favourite topping.

9.5.07

Inconsciente

Sonhei que fazia brioches. Paranthropus, apesar de hominídeo, degustava comigo a massa delicada e morna na companhia de uma xícara de chá.

Será uma premonição?

Bom, também sonhei que o papa não ia mais embora do Brasil. Pelo bem da minha saúde mental e da de todos que trabalham comigo no jornal, espero que só a primeira parte se torne realidade.

Para aquecer a alma

Basta a temperatura oscilar um tiquinho pra baixo que meu corpo pede uma sopinha. Ontem uma massa de ar frio despencou em São Paulo, com chuva e frio. Era tudo o que eu precisava!

Como cheguei em casa lá pras 10 da noite, não tinha tempo nem forças para inventar moda. Não foi realmente um problema, pois uma de minhas sopas preferidas é fácil e fica pronta em 30 minutos.

Sopa-creme de mandioquinha
- 400 gramas de mandioquinha
- Caldo de legumes, pouco menos de 1 litro
- 1/2 copo de leite ou creme de leite
- 1 colher de sopa rasa de margarina culinária
- 1 dente de alho
- Cebolinha, sal, pimenta branca e noz moscada a gosto

Descasque as mandioquinhas, corte em rodelas e cozinhe no caldo de legumes até ficar bem molenga. Bata no liqüidificador com um tanto deste caldo, o suficiente para cobrir os pedaços. Tire o caldo que sobrou da panela (guarde para outra ocasião ou descarte) e esfregue bem o dente de alho no fundo. Derreta ali a margarina, acrescente a mandioquinha batida e misture bem. Jogue o leite (ou o creme de leite, ou ambos) e a cebolinha picada em rodelinhas. Acerte os temperos, deixe apurar um pouco e sirva imediatamente com parmesão ralado e torradas.

8.5.07

Not for sissies

Meu hominídeo favorito deu uma passadinha na Tailândia. Eu sei, não é exatamente perto, mas foi quase isso que aconteceu. Dois dias de viagem, jet lag e 72 horas de trabalho extenuantes depois, ele teve um dia de folga na capital, Bangcoc. Como aproveitou? Além de ver o buda deitado e o rei, fez compras: estátuas, uma máscara para nossa casa-museu antropológico e pimentas - muitas delas.

Ontem foi dia de estrear a temporada thai lá em casa: ele me recebeu à noite com um curry verde de frango, delicioso! Aqui no Brasil a gente só conhece curry como aquele pó amarelo. Na Tailândia, é uma pasta formada por diversos ingredientes, entre eles pimenta, alho e beringela.

Poucas vezes comi algo tão picante e confesso que suei feito uma louca. Mas realmente vale a pena. Aqui no Brasil não é superfácil encontrar a versão verde, mas alguns supermercados e casas de produtos asiáticos vendem o vermelho (em versão mild, para iniciantes, e hot, para iniciados).

Curry verde de frango do Paranthropus (corrigido pela fonte!)
- 1 colher de sopa de pasta de curry verde
- Camarão limpo ou frango ou carne
- Um tanto de seus legumes favoritos (broto de bambu, vagem ou jiló, tomate-cereja, abobrinha fatiada... vale tudo aqui)
- Um tanto de cebolinha
- Anis e sálvia e coentro frescos, se tiver
- Louro
- 1 vidro pequeno de leite de coco
- 1/2 litro de caldo de galinha
- Hondashi, se tiver. Sem hondashi, use meio litro de caldo de camarão e esqueça o de galinha
- 1 colher de sobremesa cheia de açúcar mascavo

Dissolva o curry em meio vidro de leite de coco. Deixe ferver por 5 minutos, com o louro. Se for secando, complete com o caldo. Doure a proteína animal com sal e cebolinha. Depois jogue açúcar, o resto do leite de coco e as verduras e o resto das folhas. Complete com o curry e reduza com mais caldo, deixando apurar. Cuidado pra não ficar muito ralo.
Dica: quanto mais folhas aromáticas, melhor. É um prato pra ficar cheiroso.

Acompanhe com bastaaante chá gelado e bastaaante arroz de jasmin (que você encontra também no supermercado).

7.5.07

Crem-cremo-cremo-Cremogema!

Uma grande amiga foi me visitar ontem, depois de anos sem nos vermos (adorei, Íris!). Queria recebê-la com doçura, mas sem ostentação, para colocarmos o papo em dia com tranqüilidade e café. Imediatamente lembrei do bolo de Cremogema que aprendi com tia Wanda.

O hominídeo que vive comigo me cobrava fazer essa receita há tempos. De quebra, seria a grande oportunidade de finalmente colocar a branquela pra funcionar depois do causo do chantilly - já que é virtualmente impossível esse bolo desandar.

Pra entrar no clima, cante o jingle enquanto separa os ingredientes: "Crem-cremo-cremo-Cremogema é a coisa mais gostosa deste mundo!"

Bolo de Cremogema
Massa:
- 3 ovos (claras e gemas separadas) em temperatura ambiente
- 1 xícara de açúcar
- 1 xícara de farinha de trigo
- 400 gramas de Cremogema
- 150 gramas de margarina culinária em temperatura ambiente
- 1 vidro pequeno de leite de coco (ou o equivalente de leite normal)
- 1 colher de sopa não muito cheia de fermento em pó
Ingredientes da cobertura:
- 3 colheres de sopa de leite de coco
- 1 xícara de açúcar
- 1/4 xícara de água

Bata as três gemas com o açúcar até ficar quase branco. Junte a margarina e continue batendo até uniformizar. Acrescente aos poucos os ingredientes secos, intercalando com o leite de coco (não esqueça de reservar deste vidro as três colheres de sopa para a cobertura). Esse passo é bom ser dado devagar, porque a farinha de Cremogema é fininha demais, forma uma névoa como se fosse gelo seco e entra pelo nariz!

Depois que a massa estiver bonita, bata as claras em neve e as incorpore delicadamente ao restante, sem bater para não quebrar as bolinhas de ar. Asse em forno pré-aquecido, em tabuleiro grande untado e farinhado, por uns 30 minutos. O palito sai limpinho quando pronto.
Assim que tirar o bolo do forno, faça a cobertura: junte os ingredientes numa panelinha e leve ao fogo médio por uns cinco minutinhos, só até os cristais de açúcar começarem a derreter e a calda perder a consistência de óleo de esfoliação. Jogue sobre o bolo ainda quente, espalhe delicamente (cuidado, pois a massa quebra fácil) e deixe esfriar. A cobertura não rende muito e nem deve, pois demais fica enjoativa. Mas, se precisar, coloque mais água para aumentar o volume.
Esse bolo, de preferência, deve ser feito algumas boas horas antes de servir. Primeiro, para a cobertura endurecer adequadamente. Segundo porque ele é tão fofo, mas TÃO fofo, que desmonta na hora de tirar do tabuleiro se não estiver muito bem frio.

3.5.07

Pausa ligeira

Vou me ausentar por alguns dias. O trabalho está pegando fogo!
Volto na semana que vem com coisinhas gostosas, que planejo para o findi, uma estréia digna da batedeira e pimentas novas trazidas do Oriente.

2.5.07

Lanche da tarde

A Gi, querida amiga que trabalha comigo, acaba de chegar da rua com duas surpresas deliciosas para nós: delicinhas do Mosteiro de São Bento, em São Paulo.

Veio um bolo Santa Escolástica (foto), feito de nozes e maçã, "cuja receita foi trazida da Suíça pelos inúmeros monges europeus que vieram para a restauração dos mosteiros brasileiros", diz o site do mosteiro. E um pão dos monges, cuja base é mandioquinha e foi criado pelos beneditinos paulistanos. Boooom...