9.1.08

Quém, quém

"Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas fez o moço
Que foi pra panela"

A marinada abaixo já foi testada em peru e pato, com resultados esplendorosos em ambos os casos: a carne fica macia e úmida.
Pato assado
- 1 pato (pato, duck, ente, canard, anatra*) inteiro
- 1 garrafa de vinho branco seco
- 4 dentes de alho
- 1/2 cebola
- Um choro de vinagre branco
- Folhas frescas de sálvia e salsinha
- Sal e pimenta branca a gosto
- 1 laranja

Descongele o bicho. Um dia antes, lembre-o de seu passado aquático e coloque-o debaixo da torneira, para tirar bem o tempero pronto - não esqueça de retirar o pescoço que está dentro (sim, dentro) dele.

Bata todos os ingredientes no liquidificador (menos a laranja) e coloque o bicho mergulhado nessa mistura, dentro de uma caixa tampada, dentro da geladeira. Não esqueça de jogar também esse caldo dentro dele. De vez em quando, sempre que lembrar, vá lá e vire o pato.

No dia, prepare o recheio que preferir. No caso, fizemos uma megafarofa molhada de farinha de rosca com carne desfiada do pescoço, cebola, manteiga, salsinha, castanha-do-pará e figos secos picados, mais salzinho e pimentinha. Deixe esfriar.

Tire o pato do marinado e recheie bem, apertando a farofa para não ficar espaço vazio. Costure o c* e amarre as pernas e as asas. Pincele manteiga em todo ele.

Eu costumo usar aqueles sacos próprios para assar, que economizam bastante tempo de forno: enfarinhe o saco, conforme as instruções, e coloque o bicho lá com um tanto do caldo em que ele nadou por tanto tempo, mais o suco da laranja. Feche, coloque-o em uma assadeira e faça um corte pequeno na parte superior, para deixar o ar quente escapar.

Asse em forno preaquecido de média para baixo por umas duas horas, duas horas e meia. Quando perceber que está assado, abra o saco e deixe-o exposto para dourar - o que acontece rapidamente, como você pode ver na foto acima.

(Minha apresentação não foi das mais glamourosas. Tentarei melhorar da próxima vez.)



* Um dos presentes fofos que ganhei é o "Dicionário Gastronômico", de F. Carli e E. Klotz, que traduz ingredientes e preparos para espanhol, inglês, alemão, francês e italiano.

8 comentários:

Elvira disse...

Pato... Que delícia! Faz parecer qualquer refeição como dia de festa! :-)

Bjs.

A simplicista... disse...

Oi, Elvira!

No caso, era dia de festa sim. Mas concordo com você: na terra onde cresci, o primo do pato, o marreco, é um dos pratos típicos. Comia com freqüência, mas a sensação era realmente diferente, como se fosse um dia especial.

beijos

laila radice disse...

humm que maravilha Cris!
adorei sua marinada e q praticoq sao esses sacos de forno...mto bom!

ah.. chiquérrima suas traduções! bjinhus

A simplicista... disse...

Oi, Laila!
Brigada, querida. Esses sacos são superpráticos mesmo e não interferem em nada no sabor - aliás, impedem que a carne fique seca.

beijo

risonha disse...

pato... adoro... cá em casa é sempre feito em arroz mas esta tua receita é uma óptima variante para o "bicharoco".. já tomei nota

A simplicista... disse...

Oi, Risonha
Adoro o arroz com pato português, ainda mais com umas ervilhas misturadas... hm... Aliás, adoro pato de tudo que é jeito!

Anônimo disse...

Ahhhhhhh, eu adorei mesmo foi o vídeo. Adorava essa música de criança, e minha mãe, que morava praticamente na roça, tem uma história com um patinho de estimação muito parecida. Beijo

A simplicista... disse...

Gi, Santo YouTube!